terça-feira, 5 de julho de 2016

Coesão


Coesão

O Olhar é a Janela da Alma,
não lacrimeje a Janela, ó minha alma,
pois a Janela da Alma nada mais é do que o Olhar!

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 30 de junho de 2012 – 2h29

Mistério



Mistério

Dos jardins do Destino
descem ricas escadas
engalanadas de ouro e marfim.
Sua beleza em caracóis
parece não ter fim...
Rubras rosas, alvas margaridas,
tantas violetas e fortes girassóis
balouçam ao vento do Infinito
a espargir perfumes erógenos
pelos ares contagiados de alegria.
Por detrás das árvores milenares,
à espreita dos desatinados,
arrastam-se répteis repugnantes,
enquanto pássaros eternos
voam pelas alturas...
Do Éden, alguém pergunta:
O que é a Morte?
- O fim da Vida.
O que é a Vida?
- O início da Morte.
Trovões de risos sarcásticos
abafam pensamentos
submersos no Inferno
e num par de olhos melancólicos
estrelas jorram lágrimas de Luz.

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 29 de junho de 2012 – 15h17

Transcendência

Transcendência

És a luz da manhã que acende o coração
e o negrume da noite que traz frio à alma.
Sou o zéfiro ladino que acaricia as violetas
e as ondas do mar que açoitam o penhasco.
Habitam no teu ser, imarcescível,
o trilar dos pássaros na copa das árvores
e o gemido abafadiço na alcova dos amantes.
Sou pedra, ar e fogo... e a poeira das estrelas...
cativa-me a Sabedoria inabalável,
a Fé, a afoiteza e o abandono.
És a palavra, eu o silêncio.
Mas, em verdade,
nada sabes de mim,
nada sei de ti.
Eu.
Sou.
Tu.
És?
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 30 de junho de 2012 – 00h45

O que é o fogo?


O que é o fogo?

Pode ser o Elemento que me queima as mãos,
a Paixão que me ferve as veias do corpo
ou a Fé que incendeia meu coração...

Em quaisquer dessas situações,
será a essência multicolorida,
que movimenta meus devaneios...

Lá... onde sou canto e solidão...

Lá... onde preservo fadas e demônios...
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 29 de junho de 2012 – 14h27

Sensível aos sons do Universo

Sensível aos sons do Universo

Meu amor é borboleta liberta
que habita o infinito.
Seu voo é a melancolia
e sua essência a saudade.
Não é senão a íris que chora
ou a gota de orvalho que rola.
Convoco o coração ao silêncio,
para ouvir o tilintar das estrelas
e conhecer no mantra que declamo
o poder da minha Fé.

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 2 de outubro de 2011
Poema Sufi nº 1
Fundo musical: Ernesto Cortazar. Azul.